A operação de fiscalização “Vacances”, dirigida à prática de autocaravanismo e campismo selvagem, aconteceu no fim-de-semana de 23 e 24 de Outubro em 25 concelhos e envolveu 50 vigilantes da natureza, informou ontem o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A intervenção resultou no levantamento de 46 autos de notícia, 40 por prática de autocaravanismo em local indevido e seis por campismo selvagem, num total de 89 ações de fiscalização.
“O objetivo principal da ação foi o de reduzir a prática de autocaravanismo e campismo fora dos locais designados para o efeito”, segundo um comunicado do ICNF.
“Em simultâneo visou atenuar os impactos decorrentes sobre a paisagem, os habitats e espécies, para além de garantir que as normas de ordenamento do território são respeitadas nestes espaços classificados.”
Esta intervenção aconteceu nos Parques Naturais do Litoral Norte, Tejo Internacional, Serra da Estrela, Sintra-Cascais, Arrábida, Serra de Aire e Candeeiros e Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, incluindo ainda as Reservas Naturais das Lagoas de Santo André e da Sancha, Dunas de São Jacinto, Malcata, a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica e as Zonas Especiais de Conservação das Dunas de Mira e Ria de Aveiro, abrangendo 25 concelhos.
Os vigilantes da natureza procuraram “sensibilizar os caravanistas e campistas para a adoção de uma postura cívica e de respeito para com os valores ambientais e paisagísticos”.
A 21 de Agosto, o ICNF, a GNR (SEPNA e UCC) e a Polícia Marítima fizeram uma acção conjunta de fiscalização à prática de campismo e caravanismo nos concelhos de Aljezur e Vila do Bispo, na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Desta operação resultaram 28 autos de campismo e seis de caravanismo por infração ao Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e 33 autos de caravanismo ao abrigo Código da Estrada.
“A ocupação ilegal de locais próximos das zonas balneares deste Parque Natural por atividades de campismo e caravanismo ilegais tem resultado na degradação de habitats naturais, na acumulação de lixos, entulhos e detritos diversos, além da alteração do coberto vegetal e das características naturais dos locais ocupados”, denunciou então o ICNF.