A cinco meses das eleições autárquicas, a associação ZERO desafia os candidatos a promover a biodiversidade dentro das cidades e vilas, desde charcos, a hotéis para polinizadores e caixas-ninho para as aves. Este é um de sete desafios pela sustentabilidade a nível local anunciados hoje.
A ZERO – associação sistema terrestre sustentável lança o desafio aos candidatos para que apoiem iniciativas de cidadãos que promovam a natureza. Dá como exemplos a criação de charcos, o reaproveitamento das águas das chuvas, a plantação de sebes que favoreçam as aves e os polinizadores, a instalação de hotéis para polinizadores, a colocação de caixas-ninho para aves e morcegos ou a criação de espirais de ervas aromáticas.
A biodiversidade é uma das “sete áreas de actuação onde os autarcas eleitos terão um papel decisivo a desempenhar”, escreve a associação em comunicado. A ZERO sugere também o abandono do uso de pesticidas e fertilizantes artificiais, a utilização de espécies autóctones em detrimento das exóticas e a reciclagem dos resíduos da gestão dos espaços verdes, mantendo o solo vivo.
Ainda para ajudar o mundo natural a nível local, a associação desafia à reabilitação ecológica de espaços degradados – como rios, ribeiras e zonas húmidas – e também a hipótese de propor a designação de áreas protegidas de âmbito regional ou local.
Os outros seis desafios lançados hoje pela ZERO passam pela promoção da eficiência energética e produção local de energia renovável, incentivos à mobilidade sustentável, promoção da alimentação com base na produção agrícola de proximidade, dinamização de um consumo responsável assente na economia circular, promoção da eficiência e o uso sustentável da água e a instituição de orçamentos participativos.
Estes desafios surgem “numa altura em que os partidos políticos e os movimentos de cidadãos independentes preparam as suas listas de candidatos e os programas eleitorais que submeterão a escrutínio nas eleições” de Outubro. No entender da ZERO, “em muitos casos, trata-se de medidas com impactos positivos nos orçamentos municipais e das freguesias”.
Num cenário de alterações climáticas, “as autarquias e as comunidades locais vão ser chamadas a desempenhar um papel cada vez mais importante na procura da sustentabilidade”, recorda a associação.