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um pisco de peito ruivo no ramo de uma árvore
Pisco-de-peito-ruivo. Foto: Wolfgang Vogt/Pixabay

Apreendidas 32 armadilhas para aves no Algarve

14.11.2018

As armadilhas para a captura de aves passeriformes, como piscos-de-peito-ruivo e toutinegras, foram apreendidas na semana passada no concelho de Faro, informou hoje o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 

Segundo uma nota do instituto, a apreensão aconteceu a 6 de Novembro durante uma acção de fiscalização direcionada para a captura ilegal de aves no sítio da Goldra.

Os técnicos do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve encontraram 32 armadilhas, comummente conhecidas por ‘’esparrelas’’. Três delas tinham três aves já mortas: um pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) e duas toutinegras-de-barrete-preto (Sylvia atricapila).

O ICNF acredita que estas aves são capturadas para serem vendidas para cativeiro ou para petiscos.

“Esta prática ilegal (…) resulta numa diminuição da biodiversidade no nosso país, podendo mesmo levar ao aumento de pragas de insetos, dado que os passeriformes mais capturados são excelentes controladores naturais de pragas”, alerta o instituto.

A Spea (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) estima que todos os anos sejam capturadas ou abatidas ilegalmente 130 mil aves selvagens em Portugal, muitas delas destinadas ao consumo ou cativeiro.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Se quiser ajudar, pode denunciar este crime ambiental para o ICNF ou para o SEPNA (GNR):

Linha SOS Ambiente e Território: 808 200 520.

Telef: 21.750.30.80

Email: [email protected]

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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