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Corvo-marinho-de-faces-brancas. Foto: Zeynel Cebeci/Wiki Commons

Que espécie é esta: corvo-marinho-de-faces-brancas

19.03.2018

O leitor Carlos Sobral fotografou estas aves no fim-de-semana de 17 e 18 de Março em Peso da Régua, nas margens do rio Douro, e ficou indeciso em relação a qual das duas espécies de corvos-marinhos pertenceriam. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

Quando apreciava a forte corrente do rio Douro em Peso da Régua, Carlos Sobral deparou-se com várias dezenas de aves empoleiradas nas árvores da beira rio.

 

 

“Achei que era um bom motivo de fotografia. Quando comecei a apontar a máquina fotográfica verifiquei que seriam corvos marinhos, o que me surpreendeu pela sua quantidade e local de estadia.” Será que o grupo tinha aves das duas espécies que ocorrem em Portugal, corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) e o corvo-marinho-de-crista ou galheta (Phalacrocorax aristotelis)?

 

 

A espécie que observou é um corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

As aves captadas pelas fotografias de Carlos Sobral pertencem todas à mesma espécie, corvo-marinho-de-faces-brancas. As diferenças na plumagem referem-se a aves de idades diferentes e ao facto de algumas já terem a plumagem nupcial, com a cabeça branca.

 

 

O corvo-marinho-de-crista não tem as faces claras, o bico é muito fino (quase parece uma agulha) e, normalmente, não aparece no interior, ocorrendo apenas ao longo da faixa costeira.

 

 

Em relação à quantidade de aves observadas, hoje em dia os corvos-marinhos-de-faces-brancas são cada vez mais comuns no interior. Mas também podiam ser aves em migração que fizeram ali uma paragem.

 

 

Para saber mais, leia quais são as cinco coisas que importa conhecer para distinguir as duas espécies de corvos-marinhos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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