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Que espécie é esta: borboleta nocturna Catocala elocata

11.12.2018

O leitor Luís Coelho fotografou esta borboleta em Agosto de 2017 e de 2018 no Pego da Rainha (Mação) e quis saber qual a espécie a que pertence. Eduardo Marabuto responde.

 

Luís Coelho enviou-nos duas fotografias “tiradas no mesmo local mas com um ano de diferença entre elas”. Uma foi tirada a 20 de Agosto de 2017 e a outra a 21 de Agosto de 2018.

 

 

“O local tem água de nascente que brota das encostas rochosas e que escorre rocha abaixo e alimenta a ribeira que por ali passa. O que me intrigou foi ver uma espécie de borboleta escolher a rocha húmida para estar literalmente o dia todo ali a descansar, se é que posso dizer assim.”

 

 

“Durante algumas horas diurnas em que eu a pude observar, a borboleta nunca se mexeu e ainda mais intrigante foi poder observar a mesma espécie um ano depois, no mesmo local e com a mesma atitude.”

A espécie que observou é uma borboleta nocturna Catocala elocata.

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“Ambas as fotos reportam efectivamente à mesma espécie”, explica Eduardo Marabuto.

Estas borboletas “escolhem locais recatados e escuros para repousar durante o dia, saindo à noite”.

“As lagartas comem salicáceas (choupos e salgueiros).”

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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