PUB

Que espécie é esta: vespa-asiática

04.12.2024

A leitora Mina Martins fotografou esta vespa em Lisboa a 28 de Novembro e pediu ajuda na identificação. Albano Soares responde.

 

“Foto tirada a 28/11/2024 na varanda da minha casa situada na Rua Conde de Almoster, virada para o Parque Florestal de Monsanto  em Lisboa”, escreveu a leitora à Wilder.

 

 

Trata-se de uma vespa-asiática (Vespa velutina).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta espécie invasora terá chegado a Portugal em 2011 pela região de Viana do Castelo. Neste momento “só não é observada no Alentejo e no Algarve”, explicou.

A sua picada “só se torna potencialmente perigosa se a vítima for alérgica e desencadear um choque anafilático com consequências fatais”. “Como no caso das outras vespas, recomenda-se prudência na aproximação de uma colónia destas espécies.”

Ainda assim, é importante não a confundir com espécies nativas de Portugal, como a vespa-europeia, importantes para a manutenção da biodiversidade.

“Todos os avistamentos de ninhos ou de vespas devem ser reportados no portal stopvespa.icnf.pt“, disse a investigadora Maria João Verdasca, num artigo na Wilder. Nesse portal pode fazer a georreferenciação da ocorrência. “Ou então pode ligar para a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita”.

Estas vespas acasalam no Outono, com o surgimento dos machos e fêmeas reprodutores. As futuras vespas-rainhas, depois de fecundadas, procuram um local para passar o Inverno. Quando chegam os dias mais amenos, em Fevereiro ou Março, iniciam uma nova colónia. As obreiras, os machos e a rainha deste ano morrem quando chegam os dias mais frios.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

Don't Miss