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Que espécie é esta: vaca-loura

11.08.2021

O leitor Tiago Santos fotografou este animal a 24 de Julho em Penafiel e quis saber qual a espécie a que pertence. João Gonçalo Soutinho dá-lhe a identificação.

“Mais uma vez conto com a vossa ajuda para identificação desta espécie fotografada na saída de um orificio de uma carvalha em São Martinho de Recezinhos – Penafiel”, escreveu o leitor à Wilder.

A espécie que observou é uma vaca-loura (Lucanus cervus).

Espécie identificada por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do VACALOURA.pt.

Este é o maior escaravelho em Portugal. Os machos podem atingir oito centímetros de comprimento.

Aquilo que torna as vaca-louras inconfundíveis são as proeminentes mandíbulas que usam para defender o território, a coloração castanha avermelhada e um acentuado dimorfismo sexual  – a cabeça e as mandíbulas do macho são muito maiores que as da fêmea.

A época de reprodução acontece durante apenas dois ou três meses, durante o Verão, altura do ano em que o Lucanus cervus vive acima do solo. De resto, passa vários anos como larva ou como pupa, vivendo nas raízes de árvores antigas.

O VACALOURA.pt é um projeto de ciência cidadã sobre a distribuição e estado das populações da vaca-Loura e dos restantes escaravelhos da família Lucanidae em Portugal, de forma a colaborar na Rede Europeia de Monitorização da Vaca-Loura que, por sua vez, pretende averiguar o estado de conservação desta espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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