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Que espécie é esta: uma cigarrinha que se confunde com um gafanhoto

24.11.2017

A leitora Carla Santos encontrou vários destes pequeninos insectos, que “saltam como gafanhotos”, a 29 de Novembro em Tondela. Pediu ajuda à Wilder para saber a que espécie pertencem. Eva Monteiro dá-lhe a identificação.

Segundo Carla Santos, este insecto “parece ser muito comum porque havia vários exemplares”. À primeira vista teria cerca de um centímetro e saltava como um gafanhoto. Será que é um?

A espécie que observou é uma Cigarrinha-verde (Cicadella viridis).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O que vemos na fotografia é uma cigarrinha-verde (Cicadella viridis). Este é um inseto da Ordem Hemiptera muito comum em pradarias húmidas com vegetação herbácea bem desenvolvida.

Distingue-se pelo tamanho relativamente grande para uma cigarrinha e pela cor amarela da cabeça que contrasta com o corpo verde-azulado.

Tem a capacidade de saltar e pode parecer, à primeira vista, um pequeno gafanhoto que salta e voa entre a vegetação. Mas se repararmos na boca vemos que está transformada numa agulha adaptada para perfurar as paredes das plantas e sugar a sua seiva.

Esta espécie pode ser encontrada em quase todas as Estações da Biodiversidade no território nacional. Descubra aqui qual a estação mais perto da sua casa.

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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