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Que espécie é esta: salamandra-de-costelas-salientes

08.03.2021

O leitor Pedro Capão encontrou este anfíbio a 8 de Fevereiro em Vale do Peso, Crato, e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Este réptil/anfíbio foi hoje (8 de Fevereiro) visto em Vale do Peso – Crato. Alguém poderá ajudar a identificar? Tem uma espécie de espinhos laterais a fazer lembrar um dinossauro acantolipano”, escreveu o leitor à Wilder.

 

Trata-se de uma salamandra-de-costelas-salientes ou salamandra-dos-poços (Pleurodeles walt).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Esta é uma espécie relativamente frequente no sul do país. É a maior salamandra de Portugal e da Europa. 

E sim (!), lembra um dinossauro.

Os espinhos têm (tal como nos dinossauros) uma função de defesa contra predadores. Para além de se espetarem na boca do predador, passam para a ferida criada no predador algumas das secreções da pele desta salamandra.

Estas secreções são tóxicas e sabe-se pouco sobre elas. Não matam, mas podem provocar o vómito.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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