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Que espécie é esta: ralo ou grilo-toupeira

25.01.2022

A leitora Otília Xavier pergunta que espécie é esta que a sua filha Laura Valinhas encontrou no seu jardim em Arcos de Valdevez a 30 de Outubro de 2021. José Manuel Grosso-Silva responde.

“A minha filha Laura encontrou este inseto no nosso jardim em Arcos de Valdevez, no dia 30 de Outubro de 2021. Nunca tínhamos visto este inseto, gostávamos da saber o que é”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de um ralo do género Gryllotalpa.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Os ralos são, de uma forma simplificada, grilos que evoluíram de forma convergente com as toupeiras: escavam túneis e deslocam-se nestes graças às patas anteriores altamente modificadas, com uma morfologia externa semelhante das toupeiras. 

São capazes de andar em marcha-atrás, o que permite que recuem nas suas galerias. Outra adaptação à deslocação em túneis é a modificação das suas patas posteriores, mais curtas do que as dos grilos, que os impulsionam no interior das galerias mas não permitem que saltem.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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