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Que espécie é esta: pirilampo Nyctophila reichii

28.07.2021

A leitora Ana Salgueiro encontrou este pirilampo em Martinchel, Abrantes, a 20 de Julho e pediu para saber qual a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Encontrei este pirilampo no meu quintal, na aldeia de Martinchel, Abrantes. Gostaria de saber de que espécie se trata”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se do pirilampo Nyctophila reichii.

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

“O exemplar da foto é uma fêmea do pirilampo Nyctophila reichii. As fêmeas não voam pois não têm asas posteriores e os élitros (as asas anteriores) são muito reduzidos como se pode ver muito bem nas fotos”, explicou o especialista.

“Os machos têm asas bem desenvolvidas e élitros cobrindo todo o abdómen.”

Esta “é uma espécie conhecida através de registos dispersos por quase todo o país, sendo mais frequente no interior e no sul”.

Actualmente estão citadas para Portugal 10 espécies de pirilampos, segundo José Manuel Grosso-Silva.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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