O leitor António Gonçalves fotografou esta árvore em Janeiro de 2018 em Lisboa e quis saber de que espécie se trata. Carine Azevedo responde.
“Sou um curioso das árvores e venho solicitar a identificação da árvore que se encontra na imagem anexa. Encontra-se plantada junto ao Mosteiro do Jerónimos, num pequeno canteiro entre a Praça do Império e a Rua dos Jerónimos”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma pata-de-elefante (Beaucarnea recurvata).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
A planta da fotografia é vulgarmente conhecida como pata-de-elefante (Beaucarnea recurvata), espécie da família Asparagaceae.
Embora se assemelhe a uma palmeira, a pata-de-elefante não é uma palmeira verdadeira. Trata-se de uma pequena árvore ou arbusto semi-lenhoso, perene, formado por um caule que pode atingir de dois a seis metros de altura.
O caule é geralmente único, coroado por uma densa roseta de folhas longas, coriáceas e de cor verde-brilhante. No entanto, em exemplares mais velhos é frequente o surgimento de vários troncos menores, bem como algumas ramificações esparsas próximas do topo.
A pata-de-elefante é uma espécie dióica, ou seja, apresenta flores unissexuadas, femininas e masculinas, que ocorrem em indivíduos diferentes.
As flores surgem agrupadas em inflorescências longas e eretas, são numerosas, pequenas e brancas.
O nome comum “pata-de-elefante” deve-se ao seu caule, cuja base é dilatada, estratégia de adaptação que permite a esta planta o armazenamento de água e suportar longos períodos de seca.
Agora é a sua vez.
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