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Que espécie é esta: orquídea moscardo-fusco

19.04.2021

A leitora São Gomes encontrou esta orquídea a 16 de Abril entre Murches e Zambujeiro, e pediu ajuda na identificação. Luís Afonso responde.

“Esta orquídea lindíssima foi encontrada no dia 16 de Abril numa caminhada entre Murches e Zambujeiro. Podem-me informar a que espécie pertence?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma orquídea moscardo-fusco ou moscardo-maior (Ophrys fusca).

Espécie identificada e texto por: Luís Afonso, fotógrafo de natureza especialmente dedicado às orquídeas silvestres.

Fusco significa escuro em Latim e esta flor tem o labelo (a pétala central mais desenvolvida) castanho escuro com uma mácula de cor acinzentada “metálica”, sem pelos.

A planta tem normalmente 5 flores que se dispõem pelo caule de forma laxa.

A altura média é de 30 cm. No entanto, dada a grande variedade desta espécie, a altura varia bastante, havendo variações que não ultrapassam os 10 cm.

A Ophrys fusca mais “pura” tem um fino rebordo amarelo à volta do labelo.

É frequentemente encontrada na companhia do tomilho, mas podemos procurá-la em zonas de mato bravio e rasteiro em terrenos de origem calcária.

Floresce entre meados de fevereiro e finais de abril.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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