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Que espécie é esta: ninho primário de vespa-asiática

19.05.2022

A leitora Sandra Rodrigues pediu para saber a que espécie pertence o ninho que fotografou em Torres Novas, a 18 de Maio. Albano Soares responde.

“Encontrámos este ninho esta manhã no nosso alpendre sito em Casal das Pimenteiras, freguesia Assentis – Torres Novas. Conseguimos filmar a vespa, que me parece claramente a espécie asiática.  Como procedemos para eliminar?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de um ninho primário de vespa-asiática (Vespa velutina). 

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O ninho primário é o primeiro ninho que é construído pela vespa-rainha quando esta sai da hibernação, o que costuma acontecer quando o tempo começa a ficar mais ameno, entre Fevereiro e Março. É neste ninho que a rainha coloca os primeiros ovos e cria as primeiras obreiras, que tratarão mais tarde da construção do ninho secundário.

É preciso contactar as autoridades, seguindo os conselhos do que devemos fazer se encontrarmos uma vespa asiática.

Segundo Albano Soares, os ninhos com este formato são ninhos primários do género Vespa, sendo que em Portugal ocorrem apenas duas espécies deste grupo: a vespa-europeia, também conhecida por vespa-crabro, e a vespa-asiática, espécie de vespa invasora “que é mais escura” do que a outra. 

Recorde porque é importante distinguir entre estas duas vespas, de forma a não atacar a vespa-europeia. Nativa de Portugal e de outros países europeus, esta espécie “desempenha um reconhecido papel como controlador das populações de outros insetos”, explica Albano Soares. 


Saiba mais.

A reprodução das vespas-asiáticas é um processo que ocupa uma boa parte do ano, explica Maria João Verdasca, num artigo já publicado na Wilder. Esta investigadora está a estudar a vespa-asiática em Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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