O leitor Nuno Viegas viu um gafanhoto na parede de casa, em Beja, no dia 7 de Setembro, e pediu ajuda para identificar a espécie. Eva Monteiro responde.
“Hoje [7 de Setembro] vi este amigo na parede de minha casa em Beja, em plano urbano, com uma área de jardim composta por relva e algumas árvores de folha caduca. Nunca tinha visto este tipo de gafanhoto e fiquei curioso”, explica Nuno Viegas na mensagem que enviou à Wilder.
“Procurei em alguns sites da especialidade e não encontrei nenhum com as características que este apresenta. Certo de que provavelmente até será comum, gostaria então de saber dados sobre o mesmo.”
O insecto em causa é uma ninfa de gafanhoto-do-Egipto, com o nome científico Anacridium aegyptium.
Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
Segundo a investigadora, as ninfas de gafanhoto-do-Egipto têm uns “olhos riscados” e um “verde quase fluorescente” que são “muito característicos”, que são úteis para as identificar.
Tal como desconfiava o leitor, e como confirma Eva Monteiro, o gafanhoto-do-Egipto é “muito comum em Portugal”, sendo também “o maior da nossa fauna”.
É também um dos maiores gafanhotos europeus. Os machos adultos podem medir entre 30 e 56 milímetros e as fêmeas entre 46 e 70 milímetros.
No estado adulto, o corpo destes gafanhotos é normalmente acinzentado ou acastanhado e as suas antenas são relativamente curtas e robustas. Os olhos têm riscas verticais pretas e brancas, características da espécie.
Agora é a sua vez.
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