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Que espécie é esta: ninfa de gafanhoto-do-Egipto

09.09.2022
Foto: Nuno Viegas

O leitor Nuno Viegas viu um gafanhoto na parede de casa, em Beja, no dia 7 de Setembro, e pediu ajuda para identificar a espécie. Eva Monteiro responde.

 

“Hoje [7 de Setembro] vi este amigo na parede de minha casa em Beja, em plano urbano, com uma área de jardim composta por relva e algumas árvores de folha caduca. Nunca tinha visto este tipo de gafanhoto e fiquei curioso”, explica Nuno Viegas na mensagem que enviou à Wilder.

Nuno Viegas

“Procurei em alguns sites da especialidade e não encontrei nenhum com as características que este apresenta. Certo de que provavelmente até será comum, gostaria então de saber dados sobre o mesmo.”

O insecto em causa é uma ninfa de gafanhoto-do-Egipto, com o nome científico Anacridium aegyptium.

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Segundo a investigadora, as ninfas de gafanhoto-do-Egipto têm uns “olhos riscados” e um “verde quase fluorescente” que são “muito característicos”, que são úteis para as identificar.

Tal como desconfiava o leitor, e como confirma Eva Monteiro, o gafanhoto-do-Egipto é “muito comum em Portugal”, sendo também “o maior da nossa fauna”.

É também um dos maiores gafanhotos europeus. Os machos adultos podem medir entre 30 e 56 milímetros e as fêmeas entre 46 e 70 milímetros.

No estado adulto, o corpo destes gafanhotos é normalmente acinzentado ou acastanhado e as suas antenas são relativamente curtas e robustas. Os olhos têm riscas verticais pretas e brancas, características da espécie.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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