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Foto: Cristina Vilhena

Que espécie é esta: maravilhas ou boas-noites

02.10.2019

A leitora Cristina Vilhena pediu para saber a que espécie pertencem as flores que encontra à porta de casa, em Évora. O consultório do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

“No passado, a cidade de Évora, por altura do Verão ficava com as suas ruas, ruelas e becos coloridos com a planta que agora vos envio para a identificarem. Nasciam no meio das pedras das calçadas, preferencialmente junto às paredes para se apoiarem”, recordou Cristina Vilhena, na mensagem enviada à Wilder.

No entanto, lamenta a leitora, o uso de pesticidas pelos serviços de limpeza da cidade levou ao desaparecimento quase completo destas plantas.

“À porta da minha casa existem algumas, que anualmente vão dando flores de forma e cor diferentes. […]Muitas flores fecham com o sol para reabrir  depois, penso que é uma defesa.”

As flores fotografadas por Cristina Vilhena pertencem à planta da espécie Mirabilis jalapa, da família Nyctaginaceae, e são conhecidas como maravilhas ou boas-noites.

Espécie identificada e texto por: Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual poderá enviar todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre as plantas ([email protected]).

Estas plantas são conhecidas pelo nome comum de “boas noites” precisamente porque as flores abrem durante a noite.

A espécie é originária da América tropical. É muito cultivada pela beleza da variação da cor das suas flores.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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