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Que espécie é esta: madressilva

04.05.2020

O leitor Cláudio Bicho fotografou esta planta a 15 de Abril no Crato e pediu ajuda para identificar a que espécie pertence. Filipe Covelo responde.

 

Cláudio Bicho gostaria de saber a que espécie pertence esta planta, observada numa zona de matos, na freguesia de Crato e Mártires, Crato, Portalegre.

 

 

Trata-se de uma madressilva (Lonicera etrusca).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Trata-se da espécie Lonicera etrusca Santi, família Caprifoliaceae, de nome comum madressilva.

É um arbusto trepador, que pode atingir dois a três metros de altura, caducifólio e com a corola bilabiada (branco-amarelada frequentemente rosa escura).

Distingue-se das outras espécies de Lonicera nativas pelas inflorescências sem folhas na base e pelas folhas próximas da inflorescência com uma forma adunada.

Nativa da região mediterrânica e SO da Ásia, esta espécie nativa em Portugal Continental ocorre em clareiras e orlas de carvalhais, azinhais e carrascais.

As flores são bastante perfumadas e vistosas, tornando esta espécie uma boa escolha para ornamentação de jardins.

É uma espécie bastante comum em certas zonas do país.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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