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Que espécie é esta: louva-a-deus-comum

25.03.2022

O leitor Ramiro Jesus fotografou este insecto a 30 de Novembro de 2017 no seu quintal em Lorvão, Penacova, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Porque nunca tinha encontrado nenhum louva-a-deus com a cor da imagem que anexo, vinha pedir-lhes o favor de me dizerem se será outra variedade ou a cor resulta da época, da alimentação ou de qualquer outra circunstância”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um louva-a-deus-comum (Mantis religiosa).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“É o louva-a-deus-comum (Mantis religiosa), o mais comum nesta ordem de insetos (Mantodea) em Portugal. A sua distribuição alarga-se a todo o território continental. São predadores eficientes de outros invertebrados (podem mesmo predar pequenos vertebrados, como juvenis de  lacertideos etc)”, explicou Albano Soares. 

Estes insetos reconhecem-se pelas patas anteriores adaptadas à caça, que também lhes dão o nome comum, já que parece que estão a rezar.

Nesta espécie as fêmeas predam muitas vezes os machos durante a copula (mas nem sempre), depois de assegurada a continuidade da espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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