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Que espécie é esta: longicórnio do género Acanthocinus

23.09.2021

A leitora Maria Especiosa fotografou este escaravelho a 19 de Setembro em Bragança e pediu para saber qual a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Vivo em Bragança e tinha este ser lindíssimo escondido nuns móveis antigos. Levei-o num papel para o jardim e espero que siga a sua vida. Podem dizer-me que animal é este?”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de um longicórnio do género Acanthocinus.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O escaravelho das fotos é um longicórnio do género Acanthocinus.

Pelas fotos não consigo identificar a espécie com segurança mas parece-me que, das três que se conhecem em Portugal, Acanthocinus aedilis se pode excluir.

As larvas das espécies deste género alimentam-se de madeira de coníferas mortas ou moribundas, participando por isso na decomposição da madeira, que é um processo ecológico natural muito importante e necessário.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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