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Que espécie é esta: larva de formiga-leão

11.11.2021

O leitor Tomás Ambrósoio encontrou este insecto a 25 de Julho na praia da Rocha Baixinha, Algarve, e pediu ajuda para saber qual a espécie. Daniel Oliveira responde.

“Encontrei este inseto na praia da Rocha Baixinha no Algarve, Vilamoura/Albufeira e suspeito que seja uma formiga leão no estado larval mas não tenho a certeza, espero confirmação”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma larva de formiga-leão (da família Myrmeleontidae).

Identificação por: Daniel Oliveira, entomólogo do CIBIO-InBIO.

As formigas-leão pertencem à ordem Neuroptera, à família Myrmeleontidae (Myrmica de formiga, Leon de leão).

As formigas da família Myrmeleontidae têm um tamanho que varia entre 25 a 75 milímetros.

Estas formigas são assim chamadas pois a dieta de grande parte das larvas consiste em formigas.

As larvas destas espécies constroem pequenos cones na areia que servem de armadilha a formigas mais distraídas. Quando as formigas caem nestes cones, as formigas-leão atiram areia na direção da sua presa, que é incapaz de subir pela parede inclinada de areia e que, eventualmente, é capturada no fundo da armadilha pelas grandes mandíbulas do predador.

Os adultos voam pouco, são atraídos pela luz e, à noite, podem ser vistos perto de fontes luminosas.

A vida adulta dura de alguns dias a poucas semanas.

Saiba mais sobre as formigas-leão aqui.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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