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Que espécie é esta: lagarto-de-água

12.08.2021

O leitor Gonçalo Silva fotografou este animal a 11 de Agosto em Oliveira de Azeméis e quis saber qual a espécie a que pertence. Guilherme Caeiro-Dias responde.

“Foi encontrada no jardim de minha casa, situada em Oliveira de Azeméis, Macieira de Sarnes”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um lagarto-de-água (Lacerta schreiberi).

Espécie identificada por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

“O animal da foto é um lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) macho”, explicou Guilherme Caeiro-Dias.

“Em geral, os machos apresentam uma coloração azulada na cabeça e a cabeça é mais larga que nas fémeas. A coloração da cabeça da fémeas é em geral acastanhada. Nos machos a coloração azul pode tornar-se mais intensa com a idade ou durante a epoca de reprodução”, acrescentou.

O lagarto-de-água é uma espécie endémica da Península Ibérica. Em Portugal ocorre principalmente a Norte do rio Tejo.

Esta espécie tem preferência por habitats com humidade, como margens de rios e ribeiros, tanques e lameiros de montanha, como diz o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”.

Alimenta-se de invertebrados e de fruta.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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