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Que espécie é esta: lagartixa-do-mato

09.04.2020

O leitor João Amado encontrou esta lagartixa em Santo André a 4 de Março e pediu ajuda para saber a espécie. Luís Ceríaco responde.

 

“Hoje fotografei esta lagartixa em Salgueiral da Galiza, junto à costa de Santo André. Achei um pouco estranho o parecer ter um par extra de olhos. Será para camuflagem? Que espécie é?”, escreveu o leitor à Wilder.

 

 

Trata-se de uma lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Este é um macho de lagartixa-do-mato, em coloração reprodutiva.

Esta é uma lagartixa que vive em todo o território de Portugal.

É acastanhada mas os machos ficam com a cabeça vermelha durante a época de reprodução, segundo o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal“, lançado em 2017.

Mede entre os 25 e os 30 centímetros.

Está activa de dia e hiberna nos meses mais frios.

Penso que o “par de olhos extra” que o leitor se refere são os tímpanos.

 

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Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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