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Que espécie é esta: lagartixa-de-dedos-denteados

24.06.2022

A leitora Isabel Vaz fotografou este lagarto a 24 de Maio de 2020 na Mata dos Medos, Almada, e quis saber qual a espécie. Guilherme Caeiro-Dias responde. 

“Encontrei na Mata dos Medos, Almada. Por favor, podem identificar? É apenas uma lagartixa ou tem outro nome?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lagartixa-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus).

Espécie identificada e texto por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

É uma lagartixa-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus).

Respondendo à pergunta da leitora, lagartixa é o nome geral que se dá a qualquer lagarto diurno de pequenas dimensões.

Em Portugal continental  existem nove espécies de lagartixas nativas.

Em particular, a lagartixa-de-dedos-denteados apresenta uma distribuição muito fragmentada em Portugal. No entanto, é comum em algumas zonas do país, como por exemplo, na zona litoral a sul do Tejo, onde a espécie apresenta uma distribuição mais ou menos continua.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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