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Que espécie é esta: lagarta da borboleta processionária-herculeana

13.03.2021

A leitora Sílvia Carvalho encontrou estas lagartas a 1 de Março em Idanha-a-Nova, e pediu para saber a espécie. Albano Soares responde.

“As lagartas foram observadas no solo, sempre em conjuntos”, na localidade de Alcafozes, contou a leitora à Wilder.

“Será que me podem dizer qual é a espécie e se representa alguma espécie de perigo para nós ou para os cães como a lagarta do pinheiro?”

São lagartas da borboleta nocturna processionária-herculeana (Thaumetopoea herculeana).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Como as suas “primas”, processionárias-do-pinheiro (Thaumetopoea pityocampa), enquanto procuram o local ideal para se enterrar para crisalidar, dispõem-se em fila indiana, caminhando de forma lenta e sincronizada como que numa procissão.

As lagartas de processionária-herculeana alimentam-se de cistáceas (Cistus spp.) e geraniáceas (Erodium spp. e Geranium spp.)  e, embora possam ser urticantes, não desencadeiam reações tão graves com a processionária-do-pinheiro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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