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Que espécie é esta: grilo-toupeira

17.08.2021

A leitora Mafalda Fernandes encontrou este insecto em Penedono a 2 de Agosto e pediu ajuda para saber a espécie. Sílvia Pina responde.

“Fomos conhecer Penedono, norte do país. Fomos à barragem e vimos na areia um bichinho um tanto estranho e que nunca tinha visto. Será que me podem dizer que animal é este?”, contou a leitora à Wilder.

Trata-se de um grilo-toupeira do género Gryllotalpa.

Espécie identificada e texto por: Sílvia Pina, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O ortóptero que aparece nestas fotos é um grilo-toupeira do género Gryllotalpa.

Em Portugal ocorrem três espécies: G. vineae, G. gryllotalpa e G. africana. A espécie mais comum e mais bem distribuída é G. vineae e, em anos recentes, o conhecimento sobre a distribuição de G. africana tem aumentado bastante.

Ainda são precisos estudos para perceber melhor aspetos de biologia, ecologia e distribuição de G. gryllotalpa, sendo que muito provavelmente os registos mais antigos desta espécie pertençam na verdade a G. vineae

O exemplar que aparece na foto é um imaturo, percetível pela forma e disposição das asas.

Nos adultos as asas anteriores estão sobrepostas por cima do abdómen e cobrem as asas posteriores.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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