Equipa WilderO leitor António Travassos fotografou estas formigas em Novembro na zona Cobre, Cascais, e quis saber qual é a espécie. Rafael Pinto responde.
“Há duas noites consecutivas que reparo que se forma um grande aglomerado de formigas no muro do jardim que suponho ter um formigueiro subterrâneo. Apesar de serem pequenas do tamanho das que normalmente aparecem em casa são muito mais robustas. Espero que as fotografias, apesar de fracas, tenham uma qualidade mínima para as identificarem”, escreveu o leitor à Wilder.
Tratam-se de formigas do género Tapinoma.
Espécie identificada e texto por: Rafael Pinto, estudante de Biologia Aplicada da Universidade do Minho.
As formigas presentes nas fotografias pertencem, provavelmente, ao género Tapinoma. Contudo, através destas imagens não é possível chegar a uma identificação exata, uma vez que muitas das suas espécies são morfologicamente difíceis de distinguir.
Atualmente é conhecida a ocorrência de pelo menos cinco espécies do género Tapinoma em Portugal continental, das quais quatro correspondem a espécies nativas.
Estas formigas são frequentemente dominantes nos ecossistemas em que estão presentes. Nidificam sobretudo no solo, muitas vezes debaixo de rochas, e são comuns em ambientes agrícolas e urbanizados, como parques e jardins. Alimentam-se da melada excretada por afídeos e por outros insetos que se alimentam de seiva das plantas, de pequenos invertebrados mortos ou que são predados, e também de néctar.
Recentemente foi registada pela primeira vez a presença da espécie exótica Tapinoma melanocephalum em Portugal. É conhecida por formiga-fantasma, devido a esta espécie ser facilmente reconhecida pelo abdómen e patas de coloração clara e amarelada, e estão normalmente presentes no interior de edifícios, não correspondendo às formigas observadas pelo leitor.
Agora é a sua vez.
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