O leitor Luís Venâncio fotografou esta planta a 20 de Abril em Alenquer e pediu ajuda na identificação. Carine Azevedo responde.
“Pedia o favor de me indicarem, se possível, o nome da planta documentada na foto anexa, cujas flores não são perfumadas e a qual avistei em Alenquer, quase coberta pela copa de mióporos”, escreveu o leitor à Wilder.
Tratar-se-á da espécie silindra ou filadelfos (Philadelphus coronarius).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
A planta na imagem parece ser do género Philadelphus, provavelmente a espécie Philadelphus coronarius L., conhecida em Portugal como silindra ou filadelfos.
Este arbusto pertence à família Hydrangeaceae e é originário do sudeste da Europa e da Ásia Ocidental. Atualmente, está amplamente disseminado em jardins e espaços verdes de várias partes do mundo, incluindo Portugal, onde é apreciado pela sua beleza ornamental e pelo perfume agradável das suas flores.
A silindra, ou filadelfos, pode atingir entre um e quatro metros de altura. Apresenta folhas simples, opostas, ovadas a elípticas, com margens ligeiramente serradas. As flores, de coloração branca ou creme e intensamente perfumadas, surgem agrupadas em pequenos cachos, florescendo durante a primavera e o início do verão. O fruto é uma cápsula pequena que contém numerosas sementes.
Trata-se de uma planta resistente e de fácil manutenção, tolerando uma ampla variedade de solos e períodos curtos de seca, o que a torna especialmente bem adaptada às condições mediterrânicas. Para além da sua função ornamental, as flores desta planta foram tradicionalmente utilizadas na extração de essências aromáticas, reforçando o seu valor decorativo e prático.
Agora é a sua vez.
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