PUB

Foto: Alexandra Tavares

Que espécie é esta: fêmea de pirilampo do género Lampyris

03.08.2022

A leitora Alexandra Tavares encontrou um insecto misterioso em Paço, Aveiro, no dia 30 de Julho, e quis saber do que se trata. José Manuel Grosso-Silva responde.

 

Sobre o insecto que tinha encontrado, Alexandra Tavares comentou que “tem luminescência mas não aparenta voar como os pirilampos”. “Ainda coloquei a hipótese de ser uma fêmea”, comentou.

Foto: Alexandra Tavares

Com efeito, trata-se de uma fêmea de pirilampo do género Lampyris, provavelmente da espécie Lampyris iberica, conhecida pelo nome comum pirilampo-ibérico.

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Nos pirilampos do género Lampyris, “as fêmeas não têm asas e só os machos voam”, explicou este especialista.

Por todo o planeta existem cerca de 2.000 espécies de pirilampos, incluindo uma dezena de espécies diferentes em Portugal. Estes insectos estão ameaçados principalmente pela perda de habitat, luz artificial em excesso e uso de pesticidas, segundo José Manuel Grosso-Silva. Mas também devido ao uso de biocidas dirigidos aos caracóis, que são uma das principais presas dos pirilampos.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

Don't Miss