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Erva-das-pampas, uma das espécies invasoras mais comuns. Foto: Invasoras.pt

Que espécie é esta: erva-das-pampas

15.10.2019

O leitor João Costa fotografou esta planta de plumas brancas em Portimão, a 25 de Setembro, e pediu para saber a espécie. A investigadora Hélia Marchante responde.

“Gostava de saber o ‘id’ desta planta, estou com a ideia de que é uma invasora”, pediu o leitor, numa mensagem enviada à Wilder.

Trata-se da erva-das-pampas, uma planta invasora que tem como nome científico Cortaderia selloana.

Foto: João Costa

Espécie identificada e texto por: Hélia Marchante, professora na ESAC – Escola Superior Agrária de Coimbra (Instituto Politécnico de Coimbra) e investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, ligada aos projectos Invasoras.pt e LIFE Stop Cortaderia.

A erva-das-pampas foi comercializada como ornamental durante muitos anos, sendo que o viveirista norte-americano que a produzia e exportava para todo o mundo conseguia garantir que só planta femininas eram vendidas.

Por esse motivo, esta planta invasora terá ficado “quieta” durante muitos anos, pois as plantas femininas sozinhas não se conseguiam multiplicar.

As folhas da erva-das-pampas cortam muito – daí o nome Cortaderia – e cada pluma (feminina) pode produzir milhares de sementes minúsculas.

Uma planta, que tem várias plumas, pode ter um milhão de sementes. E a simples corrente de ar criada por um veículo em movimento é suficiente para as dispersar.

Para ficar a saber sobre o projecto LIFE Stop Cortaderia, que tem como objectivo combater a invasão de erva-das-pampas em Portugal e Espanha, pode ler este artigo publicado na Wilder.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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