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Foto: Júlio Ernesto Pavão

Que espécie é esta: cogumelo Clitocybe odora?

09.12.2019

O leitor Ernesto Júlio Pavão fotografou um bonito cogumelo a 27 de Outubro e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

“Foi localizado num monte com sobreiros, na localidade de Cachão, freguesia de Frechas, concelho de Mirandela”, explicou, na mensagem enviada à Wilder. “Gostaria que me informassem, se possível, o seu nome, se é comestível, ou o seu nível de toxicidade.”

Foto: Júlio Ernesto Pavão

Poderá tratar-se de um cogumelo da espécie Clitocybe odora, mas sem outros elementos que auxiliem na identificação, não há certezas.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

“Efetivamente é um cogumelo muito bonito, tal como a foto, que no entanto é pouco conclusiva”, explica Rui Simão, da Ecofungos.

“Assemelha-se a um Clitocybe odora. Se for o caso é fácil de identificar, uma vez que, além das características deste género, esta espécie em particular tem um cheiro intenso a anis”, adianta o mesmo responsável.

Esta espécie de cogumelo costuma ser apontada como comestível, mas pode ser facilmente confundida com o Stropharia aeruginosa, espécie que alguns especialistas consideram ser venenosa.

De acordo com a Ecofungos, “as pessoas nunca devem consumir cogumelos silvestres sem a certeza absoluta da espécie”.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.

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