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Que espécie é esta: cocheiro-do-diabo

20.03.2021

O leitor Álvaro Reis fotografou este insecto a 9 de Novembro de 2020 em Canidelo, Gaia, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

Álvaro Reis explica que encontrou esta espécie no seu pátio e quintal. “Ele, sentindo-se ameaçado, levanta o rabo onde se vêem dois “espetos” para se defender, acho eu. É do tamanho talvez de um grilo, mas não tem asas.”

Trata-se de um cocheiro-do-diabo (Ocypus olens).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Trata-se de um escaravelho pertencente à família Staphylinidae e ao género Ocypus bastante comum.

O seu nome científico é Ocypus olens e a tradução do seu nome comum em inglês é cocheiro-do-diabo, embora já tenha ouvido chamar-lhe popularmente “alacroa”, provavelmente pelo hábito que tem de levantar o abdómen quando se sente ameaçado e que o faz parecer um escorpião. 

Embora não pique, nem tenha veneno, como os escorpiões, parece que pode dar dolorosas dentadas com as suas grandes mandíbulas.

 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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