A leitora Sandra Nogueira fotografou esta cobra em Águeda a 31 de Agosto e pediu ajuda na identificação. José Carlos Brito responde.
A cobra “foi encontrada dentro de uma mala de um convidado no segundo andar da nossa moradia, este convidado vinha da zona da Galiza. Gostaria de saber informação sobre a espécie, se é proveniente de Portugal e também se é normal que possam subir ao segundo andar”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).
Espécie identificada por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.
“Trata-se de um juvenil de cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), identificável pelos grandes olhos, pela presença de escamas supraoculares proeminentes e pela concavidade entre os olhos e o orifício nasal”, explicou José Carlos Brito.
“Os adultos podem atingir dois metros de comprimento total.”
“É uma das serpentes mais abundantes em Portugal.”
“Esta espécie não é perigosa e quando detectada tende sempre a fugir. No entanto, se capturada ou encurralada, apresenta um comportamento irascível, pelo que é sempre boa opção deixá-la seguir caminho.”
As cobras-rateiras são esverdeadas, com tons castanhos ou cinzas. São animais diurnos e surgem “em qualquer tipo de habitat, desde que possua vegetação e esconderijos”, segundo o guia Anfíbios e Répteis de Portugal (2017).
Tal como o nome comum indica, estas cobras quando são já adultas alimentam-se de ratos e de outros pequenos roedores, lagartixas, crias de aves e também outras cobras, entre outras presas. Quando são ainda juvenis, preferem comer insectos.
Agora é a sua vez.
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