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Que espécie é esta: cobra-lisa-meridional

22.10.2020

O leitor Paulo Aguiar encontrou esta cobra em Arouca, a 16 de Outubro, e pediu ajuda para saber a espécie. Luís Ceríaco responde.

“Encontrei esta cobrinha noutro dia aqui num vaso. Deixei-a num campo mas não sei se vai sobreviver ao frio aqui de Arouca”, escreveu o leitor à Wilder. 

Trata-se de uma cobra-lisa-meridional (Coronella girondica).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A cobra-lisa-meridional pode medir entre os 40 e os 90 centímetros. É castanha ou acinzentada, tem manchas escuras e uma linha escura do olho ao pescoço, descreve o livro “Anfíbios e Répteis de Portugal”, de Ernestino Maravalhas e Albano Soares.

Esta cobra vive em vários países, desde o Sudoeste Europeu ao Noroeste de África. Na Europa, podemos encontrá-la na Península Ibérica, Sul de França e em grande parte de Itália.

Em Portugal, distribui-se por quase todo o território, vivendo numa grande variedade de habitats. Ainda assim, prefere locais moderadamente quentes e secos.

Tem actividade crepuscular e nocturna e, talvez por isso, não é muito fácil de observar. Durante o dia esconde-se debaixo de pedras. Mas durante a época de reprodução pode ver-se durante o dia.

Está activa da Primavera ao Outono.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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