A leitora Mafalda Franco de Sousa encontrou esta cobra no Estoril a 8 de Outubro e pediu para saber a espécie. Luís Ceríaco responde.
“Fotografei esta cobra na borda da piscina na zona do Estoril. Moro numa zona que tem bastantes árvores e um riacho. Quando o meu cão se aproximou ela levantou a cabeça como se fosse atacar e depois escondeu-se por baixo de pedras da calçada”, contou a leitora à Wilder.
“Pelo que pesquisei parece-me uma cobra-de-ferradura, será que estou certa?”
Sim, trata-se de uma cobra-de-ferradura (Hemorrhois hippocrepis).
Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
É uma cobra que está activa da Primavera ao Outono. “Aparece em diversos habitats, desde que quentes e pedregosos, chegando a viver nos jardins das cidades”, segundo o guia Anfíbios e Répteis de Portugal (2017). Alimenta-se principalmente de répteis, aves e micromamíferos.
Segundo o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal (2010), podemos ver esta espécie praticamente em todo o país, menos no Minho, norte de Trás-os-Montes e partes da Beira Litoral. Ocorre também nos arredores da Grande Lisboa, “persistindo facilmente em zonas com forte presença humana”.
Esta espécie não é considerada ameaçada mas algumas populações mais isoladas podem enfrentar problemas. As maiores ameaças à cobra-de-ferradura são a perseguição humana e a morte por atropelamento.
Agora é a sua vez.
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