O leitor Joaquim Silva encontrou uma cobra na região de Arouca, no dia 3 de Novembro, e pediu ajuda para saber a espécie. Luís Ceríaco responde.
“Embora tivesse para aí uns vinte centímetros ou um pouco mais, já mostrava alguma agressividade tentando morder, e emitia aquele som característico de defesa”, descreveu Joaquim Silva, na mensagem enviada à Wilder.
Trata-se de uma cobra-de-escada (Zamenis scalaris).
Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
“Esta é uma pequena cobra-de-escada, inofensiva”, indica Luís Ceríaco.
As cobras desta espécie podem chegar aos 160 centímetros de comprimento, como explica o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”. Podem encontrar-se em Portugal e Espanha e ainda nalgumas regiões de Itália e França, sendo mais fáceis de observar entre Abril e Outubro.
De acordo com o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, esta é a segunda serpente com maior área de distribuição no nosso país, apenas ultrapassada pela cobra-rateira. Encontra-se bem distribuída por todo o território continental, especialmente até aos 800 metros de altitude.
Gosta de azinhais ou sobreirais abertos. Sobretudo em paisagens agrícolas, procura a vegetação junto aos rios e as orlas e muros que dividem os campos de cultivo.
Estas cobras são muitas vezes vítima de atropelamentos, por procurarem o calor retido no asfalto das estradas para se aquecerem durante a noite, e enfrentam a destruição do seu habitat.
Saiba mais.
Aprenda mais sobre esta espécie, com a identificação de uma cobra-de-escada-juvenil, aqui.
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