A leitora Marta Costa fotografou esta cobra a 13 de Abril em Santo Tirso, Guimarães, e quis saber qual a espécie. Helena Gonçalves responde.
“Vi esta cobra num dos meus muros. Será uma cobra de água mediterrânica? Não teria mais de 40 cm esticada. No verão é comum aparecerem nos meus jardins alguns exemplares de cobras porque vivo numa aldeia de Santo Tirso, Guimarães. Tenho algum receio delas mas deixo-as seguirem o seu caminho. Se me entrar em casa, vou ter dificuldade em gerir. O que devo fazer, a quem posso pedir ajuda, pois não lhes quero fazer mal mas também não as quero dentro de casa”, escreveu a leitora à Wilder.
Trata-se de uma cobra-de-água-de-colar (Natrix astreptophora).
Espécie identificada por: Helena Gonçalves, curadora da coleção de Peixes, Anfíbios e Répteis do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.
“É uma cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora). Ao contrário da sua congénere, a cobra-de-água-viperina (Natrix maura), pode ser encontrada longe de qualquer massa de água (por exemplo matos, prados, áreas agrícolas), pois não depende tanto de habitats aquáticos”, respondeu Helena Gonçalves.
A coloração dorsal dos adultos é variável mas esta coloração verde-acinzentada quase lisa é relativamente comum.
O nome comum desta espécie vem dos juvenis que apresentam uma banda branca bem definida na zona posterior da cabeça, assemelhando-se a um colar.
Não produz veneno e, portanto, é totalmente inofensiva.
Agora é a sua vez.
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