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Que espécie é esta: chapéu-de-bruxa

21.12.2021

O leitor Mário Fontoura fotografou este cogumelo em Matosinhos a 10 de Dezembro e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

“No dia 10 de Dezembro, andava eu no relvado junto à urgência do Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, quando me deparo com esta espécie de cogumelo, para mim, desconhecida. Poderiam os responsáveis da Wilder, falar um pouco sobre esta espécie? Ficaria grato”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um chapéu-de-bruxa (Hygrocybe conica).

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de uma Hygrocybe conica, conhecida em inglês como “chapéu-de-bruxa” (“witch’s hat”, no original).

Esta espécie tem uma particularidade interessante: oxida quando é manuseada, com alguma rapidez, ficando com cor escura/negra na zona do toque.  

O chapéu é cónico a aplanado, nunca perdendo, no entanto, a forma central cónica. 

As lâminas são amareladas e afastadas. O pé é central e muito fibroso, notando-se essa caraterística na observação a olho-nú. 

Os exemplares escurecem com a idade. 

As espécies de cogumelos do género Hygrocybe são muito fotogénicas pelas cores fortes e vivas que possuem. 

Estes cogumelos são decompositores e surgem em prados com muita frequência. 

Não são comestíveis.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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