O leitor Paulo Santos fotografou esta ave a 16 de Abril na Portela de Sacavém e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.
“Encontrei este pequeno pardal (?) juvenil (?) ontem (2021-04-16) ao final da tarde prostrado e com temperatura baixa, na calçada junto à minha porta de casa na Portela de Sacavém (zona abundantemente arborizada)”, contou o leitor à Wilder.
“Apresenta o que aparenta ser um ferimento na cabeça já sarado. Aqueci-o e fiz-lhe um ninho numa caixa de sapatos onde passou bem a noite. Hoje de manhã está ativo, voa bem, mas não comeu as sementes que lhe dei. Dei-lhe também umas gotas de água que bebeu e uma papa para aves que aceitou mas muito pouco.”
“É muito pequeno com apenas 10 cm da ponta do bico à ponta da cauda. Gostava de saber se é mesmo um pardal juvenil e de que espécie e se, atendendo ao descrito e ao que podem ver na foto, o poderei libertar já ou se é preferível tentar alimentá-lo primeiro. O ferimento aparentemente não implicará nada de especial.”
Trata-se de um chamariz (Serinus serinus).
Espécie identificada e texto por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.
A ave deve ser deixada no local onde foi encontrada. Se não voar, sugiro contactar um centro de recuperação de animais selvagens.
O chamariz é uma ave pequena de asas escuras e com tons amarelados na cabeça, que se estendem até ao peito. Segundo o portal Aves de Portugal, esta “é a característica que mais sobressai, juntamente com o dorso e flancos fortemente riscados”.
“Os machos são bastante frenéticos quando cantam no topo de árvores, antenas ou postes, ou então efectuando o seu voo nupcial ‘tipo borboleta’.”
O chamariz é abundante ao longo do território, exceptuando as planícies abertas do Baixo Alentejo, onde é raro. “Ocorre tanto dentro de localidades, em parques e jardins, como em zonas agricultadas, matas, bosquetes, zonas costeiras e prados de altitude.”
“É uma espécie residente, mas no Inverno assiste-se à chegada de invernantes, que formam grandes bandos nos campos, por vezes com outras espécies de fringilídeos.”
Agora é a sua vez.
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