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Que espécie é esta: chamamento de um papa-figos

22.09.2021

A leitora Maria Silva captou este som a 13 de Julho em Algoz, concelho de Silves, e pediu ajuda na identificação da espécie. Magnus Robb responde.

“Gostaria de saber que pássaro é este. O som que consegui captar é muito breve mas será que dá para identificar? Ouvi-o a 13 e a 14 de Julho”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um chamamento de um papa-figos (Oriolus oriolus).

Espécie identificada por: Magnus Robb, ornitólogo britânico especializado na gravação do canto de aves.

“O som que a Maria gravou é um chamamento menos conhecido do papa-figos. Ouve-se de vez em quando durante a época de reprodução. Às vezes faz-me lembrar uma rapina. Aqui em Sintra não há papa-figos em lado nenhum, mas conheço os sons das minhas viagens”, explicou Magnus Robb.

Segundo o portal Aves de Portugal, o papa-figos é um visitante estival. Os machos ouvem-se a partir do final de Abril ou início de Maio. Esta ave parte para África, onde vai passar os meses mais frios do ano, em Agosto.

Papa-figos. Foto: Dog Funtom/WikiCommons

Esta espécie tem um estatuto de conservação Pouco Preocupante em Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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