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Que espécie é esta: bútio-comum

27.01.2022

A leitora Lisete de Matos fotografou esta ave a 26 de Janeiro na aldeia do Açor, na Serra do Açor, e pediu ajuda para saber qual a espécie a que pertence. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de um bútio-comum (Buteo buteo).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“É um bútio-comum Buteo buteo, também chamado aguia-d’asa-redonda”, disse Gonçalo Elias à Wilder.

“Esta é uma das aves de rapina mais comuns no nosso país, com a particularidade de também ocorrer nos Açores e na Madeira. Apresenta uma plumagem muito variável, havendo indivíduos que são mais claros e outros mais escuros.”

É uma rapina média com cerca de 110 a 130 centímetros de envergadura de asa.

Segundo o portal Aves de Portugal, podemos vê-la durante todo o ano. No Inverno, a população é engrossada com as águias que chegam para passar os meses mais frios, vindas do Norte da Europa.

Esta é uma ave castanha escura e com patas claras. É mais fácil de identificar quando está pousada, porque podemos ver a característica marca em meia-lua que tem no peito.

Começa a nidificar a partir do final de Fevereiro, altura em que as paradas nupciais se notam com maior intensidade, segundo o livro Aves de Portugal – Ornitologia do território continental (Assírio & Alvim, 2010).

Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios, insectos e vermes.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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