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Que espécie é esta: borboleta Lasiocampa quercus

04.03.2022

O leitor Carlos de Almeida encontrou esta lagarta a 26 de Março de 2019 no Parque Urbano de Fitares, Sintra, e pediu para saber qual é a espécie. Eduardo Marabuto responde.

“Embora me interesse por borboletas diurnas, apenas vou sabendo identificá-las no estado imago, pelo que vos peço ajuda na identificação desta espécie (que até poderá pertencer às borboletas-noturnas). A lagarta foi fotografada sob uma galeria ripícola de uma pequena ribeira (ribeira das Jardas), no concelho de Sintra (parque urbano de Fitares)”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma lagarta da borboleta Lasiocampa quercus.  

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“Esta é uma Lasiocampa quercus, espécie de hábitos florestais que aparece com alguma frequência na zona de Sintra”, explicou Eduardo Marabuto.

Lasiocampa quercus é uma espécie descrita em 1758 e pertence à família Lasiocampidae (tal como a borboleta Lasiocampa trifolii que já foi identificada no “Que Espécie é Esta”).

Os machos adultos podem chegar aos 70 milímetros e as fêmeas aos 99 milímetros.

Esta borboleta, que ocorre quase por toda a Europa, está em voo, na fase adulta, no Verão, como este indivíduo observado no início de Setembro em Almargem do Bispo.

Passa o Inverno enquanto lagarta e pode ser vista em arbustos ou árvores não muito grandes no Outono e princípios da Primavera.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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