O leitor Rui Soares encontrou esta aranha em Lisboa a 19 de Novembro e pediu ajuda para saber qual a espécie. Pedro Sousa responde.
“Hoje (19 de Novembro) quando tratava da minha horta/jardim em Alvalade-Lisboa encontrei esta aranha numa pilha de vasos vazios. Capturei-a pelas suas dimensões (muito grande) e fiquei apreensivo. Gostava de saber de que espécie se trata e se a posso/devo libertar já”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma aranha-dos-troncos-grande (Zoropsis spinimana).
Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
Esta foto é, quase de certeza, de uma aranha da espécie Zoropsis spinimana, tendo em conta o seu tamanho e padrão de coloração. Esta é a maior das duas espécies deste género que se conhecem em Portugal continental.
Há uma terceira espécie que existe na Madeira.
Estas aranhas podem ser de grandes dimensões quando atingem o estado adulto, possuem quelíceras robustas e podem defender-se mordendo quando se sentem encurraladas, existindo registos de mordeduras por esta espécie na Suíça.
De qualquer forma, as mordeduras parecem ter apenas efeitos moderados segundo o mesmo registo suíço, desaparecendo os seus efeitos passados poucos minutos ou horas.
Estas aranhas são robustas e podem encontrar-se ativas todo o ano. São capazes de subir a superfícies como vidro, ao contrário de espécies com aspecto semelhante, como as aranhas lobo.
São muitas vezes encontradas junto a construções humanas, onde procuram abrigo não só dentro de vasos e outros recipientes, mas também em pilhas de lenha ou debaixo da sua casca.
Agora é a sua vez.
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