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Que espécie é esta: aranha-de-cruz-cosmopolita

25.10.2024

A leitora Fernanda Gomes encontrou uma aranha a 4 de Outubro no seu quintal na zona de Leiria e pediu para saber a espécie. Pedro Sousa responde.

“Fotografei esta aranha no meu quintal, na zona de Leiria!”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma aranha-de-cruz-cosmopolita (Araneus diadematus).

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.

É uma fêmea adulta de Araneus diadematus, uma espécie sobre a qual poderá obter mais informação aqui e aqui também.

Podemos fazer esta identificação com confiança pois a leitora fez duas boas fotos à aranha, que nos mostram não só o aspecto dorsal da aranha, mas também o seu aspecto ventral.

E isto é muito importante pois em Portugal temos duas aranhas-de-cruz, para além da A. diadematus temos também a A. pallidus.

No trabalho publicado no ano passado, Eduardo Morano, especialista ibérico nesta família de aranhas (Araneidae), explica que as duas espécies são demasiado semelhantes para serem identificadas apenas pelo seu aspecto geral.

Mas o autor lembra também que os epíginos (genitália externa das aranhas fêmeas) das duas espécies são bastante distintos, sendo que na A. diadematus o epígino é longo e estreito, como podemos observar na foto (para os leitores mais interessados comparar as imagens 18 e 22 do artigo mencionado).

As aranhas-de-cruz encontram-se muitas vezes em jardins e florestas por todo o país, sendo a aranha-de-cruz-cosmopolita a mais comum das duas. Vivem em zonas com arbustos e árvores e alimentam-se de vários insectos, como moscas, vespas, abelhas ou borboletas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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