A leitora Betine Tavares encontrou uma aranha em Gonçalo, na Guarda, a 1 de Junho, e pediu para saber a espécie. Pedro Sousa responde.
“O meu nome é Betine e moro em Gonçalo, Guarda”, explicou a leitora, numa mensagem enviada à Wilder. “Achámos essa aranha em nossas flores. Que espécie é essa? Será a viúva-negra-mediterrânea?”, questionou também.
Trata-se, na verdade, de uma aranha-caranguejo-de-napoleão, da espécie Synema globosum.
Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.
A espécie Synema globosum tem a capacidade de mudar de cor para se ajustar ao meio envolvente, embora precise de tempo para o fazer.
É uma aranha da família Thomisidae, as aranhas-caranguejeiras.
O nome comum aranha-caranguejo-de-napoleão vem do facto de, por vezes, a mancha do abdómen fazer supostamente lembrar a silhueta de Napoleão com o seu chapéu.
É uma espécie muito comum em Portugal, que captura as suas presas, muitas vezes polinizadores, junto a flores ou inflorescências, com os seus fortes dois primeiros pares de patas e sem o auxílio de teias.
A cor do abdómen das fêmeas adultas pode ser branco, amarelo, laranja ou vermelho, sempre com uma grande mancha central negra.
Os machos, bastante menores, têm o o abdómen quase totalmente negro, ainda que seja possível discernir uma silhueta da mancha central.
Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:
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- Plantas das dunas
- Orquídeas silvestres
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- Abelhas e abelhões
- Gafanhotos
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- Patos e gansos
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- Caracóis terrestres
- Lagartos e lagartixas
- Aranhas
- Cogumelos
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