A leitora Carla Marques encontrou esta aranha na Figueira da Foz a 18 de Maio e pediu ajuda na identificação. Pedro Sousa responde.
“Tenho no jardim um arbusto de rosmaninho que faço questão de o manter frondoso, pois representa uma importante fonte de alimento para as abelhas que nos visitam de vez em quando, dou conta da existência de um ou outro residente. Desta feita, regressou a aranha cor de rosa que já havia estado por cá há uns anos, mas agora veio um novo residente que não sei identificar, podem-me ajudar?”, perguntou a leitora à Wilder.
Trata-se de uma aranha-caranguejo-de-Napoleão (Synema globosum).
Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
É uma aranha da família Thomisidae, as aranhas-caranguejeiras. Pertence à espécie Synema globosum, e que por vezes é chamada de Aranha-Caranguejo-de-Napoleão.
Este nome vem do facto de, por vezes, a mancha do abdómen fazer supostamente lembrar a silhueta de Napoleão com o seu chapéu.
É uma espécie muito comum em Portugal, que captura as suas presas, muitas vezes polinizadores, junto a flores ou inflorescências, com os seus fortes dois primeiros pares de patas e sem o auxílio de teias.
A cor do abdómen das fêmeas adultas pode ser branco, amarelo, laranja ou vermelho, sempre com uma grande mancha central negra.
Os machos, bastante menores, têm o o abdómen quase totalmente negro, ainda que seja possível discernir uma silhueta da mancha central.
Agora é a sua vez.
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