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Que espécie é esta: aranha-caranguejeira Misumena vatia

22.06.2022

A leitora Carla Marques fotografou esta aranha a 29 de Maio no seu jardim na Figueira da Foz e pediu ajuda para saber qual a espécie. Pedro Sousa responde.

“Recorro uma vez mais aos vossos préstimos tão importantes, no sentido de ficar a conhecer esta espécie de aranha detetada a 29.05.2022 no meu jardim, sita na Zona da Figueira da Foz. Desta feita, o espécime encontrava-se a caçar no pé de limonete. Graças a vós reparei que também estes indivíduos caçaram as suas presas sem usar uma teia…”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratar-se-á de uma aranha-caranguejeira da espécie Misumena vatia.

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

Esta é, quase de certeza, uma aranha-caranguejeira Misumena vatia

Estas aranhas são muito bonitas e podem ser encontradas normalmente nas flores.

Esta espécie, tal como outras aranhas-caranguejeiras das flores, pode mudar a cor do corpo para melhor se ajustar à cor das flores em que está. Mas esta é uma mudança que demora alguns dias.

Podemos encontrar fêmeas desta espécie de cor branca, verde-claro até um amarelo forte e, muitas vezes, podem ter manchas de outra cor na lateral do abdómen.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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