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Que espécie é esta: alcatraz ou ganso-patola

25.10.2019

A leitora Adelheid Seeger fotografou esta ave na Praia de Monte Clérigo, Aljezur, a 21 de Outubro, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

Trata-se de um alcatraz ou ganso-patola (Morus bassanus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A ave que a leitora encontrou é uma ave juvenil.

Os primeiros juvenis de ganso-patola, nascidos este ano, começam a chegar no início de Setembro às águas portuguesas. Esta ave marinha reproduz-se no Norte da Europa, em colónias, e voa para Sul para aí passar os meses mais frios. Em Portugal ocorre como espécie invernante e migrador de passagem.

É nos meses de Outubro e Novembro que os gansos-patola são mais frequentes nas águas portuguesas, preferencialmente junto à costa, segundo o Atlas das Aves Marinhas. As zonas de maior concentração de avistamentos foram Nazaré/Aveiro, Costa de Setúbal e o Sudoeste Alentejano/Costa Algarvia, de acordo com os resultados do projecto MARPRO.

“Saliento que estas aves não pousam normalmente nas praias, salvo quando estão doentes ou, de alguma forma, debilitadas”, disse Gonçalo Elias.

Nestas situações convém contactar o SEPNA/GNR a pedir ajuda para recolher a ave e levarem-na para um centro de recuperação.

Este artigo explica por que os gansos-patola juvenis precisam da nossa ajuda nesta época do ano.


Se encontrar um animal marinho em dificuldades, aqui tem os números para pedir ajuda:

CRAM: 91.961.87.05

Rede Nacional de Arrojamentos: 96.884.91.01


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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