Equipa WilderO leitor António Manuel Alvarrão Carreto fotografou esta flor em Castelo Branco a 16 de Maio e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.
“Entre milhões de cardos marianos que destroem a pastagem de ovelhas, dos quais nada gostam, salvei estes, por me parecerem idênticos aos que vejo no Algarve. Estes são numa propriedade, Quinta da Eira que tenho em Castelo Branco”, escreveu o leitor à Wilder.
Trata-se de uma (Cynara humilis).
Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.
Após a análise das imagens e das informações fornecidas, gostaria de esclarecer que a planta fotografada não é um cardo-mariano (Silybum marianum (L.) Gaertn.), mas sim uma alcachofra-brava (Cynara humilis), também conhecida como alcachofra-de-são-joão.
Embora as duas espécies pertençam à família Asteraceae e possam parecer semelhantes à primeira vista, existem diferenças marcantes entre elas que facilitam a sua identificação.
A alcachofra-brava (Cynara humilis) é uma planta perene de menor porte, com uma altura que varia entre 30 a 60 centímetros, e possui folhas espessas e espinhosas com margens lobadas, mas sem manchas distintivas.
Em contraste, o cardo-mariano (Silybum marianum) é significativamente maior, atingindo até 1,5 metros de altura. As suas folhas são grandes, espinhosas e apresentam manchas brancas características, formando uma roseta basal bem visível.
As inflorescências da alcachofra-brava (Cynara humilis) são menores e geralmente de cor púrpura ou rosa, dispostas em cabeças soltas, enquanto o cardo-mariano (Silybum marianum) produz grandes cabeças de flores púrpura com espinhos proeminentes.
Agora é a sua vez.
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