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Que espécie é esta: abrótea-branca

21.07.2021

A leitora Ana João Silva fotografou uma planta na Serra da Peneda, a 27 de Abril, e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

A planta foi fotografada no local da Represa (Pântano da Peneda).

Tratar-se-á de uma abrótea-branca (Asphodelus albus).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A haste floral da fotografia é de uma espécie da família Xanthorrhoeaceae, possivelmente uma Abrótea-branca (Asphodelus albus), uma planta herbácea, rizomatosa, com folhas lineares basais, que pode crescer até 0,5 a 1 m de altura.

As flores, dispostas em inflorescências, possuem pétalas brancas, com veios rosados e têm forma de estrela. A floração ocorre na primavera, habitualmente entre abril a junho.

Cresce em solo moderadamente fértil e bem drenado e em pleno sol. Tolerante a sombra e à seca. No verão, após a floração, a parte área da planta seca totalmente, mantendo-se o rizoma subterrâneo ativo.

É uma planta nativa da região mediterrânea. Em Portugal é mais frequente na região norte, em terrenos cultivados ou incultos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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