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Nove sugestões de natureza para descobrir o Alentejo e o Algarve

24.03.2017

A Wilder esteve na BTL, onde o turismo de natureza foi um dos temas de destaque, e sugere-lhe nove destinos e experiências a não perder no Alentejo e Algarve.

 

  1. Rota Vicentina:

 

Escolha qualquer troço desta rota com 110 quilómetros, que percorre a costa alentejana e vicentina. Dela fazem parte o Caminho Histórico – GR11/E9 Caminho do Atlântico e o Trilho dos Pescadores. O primeiro percorre por caminhos rurais as principais vilas e aldeias da zona; o segundo segue sempre junto ao mar, ao longo de falésias. A melhor altura para fazer a Rota Vicentina é na Primavera.

 

2. Conheça a biodiversidade do Alentejo em Arronches:

Em cerca de 15 quilómetros, num percurso linear que dura cerca de cinco horas e meia a fazer, descubra a natureza do Alentejo. O Percurso da Esperança (PR1 –ARR) tem o nome da povoação que é sede de freguesia do concelho de Arronches. Vai atravessar a transição entre a serra de São Mamede e a planície alentejana, por entre o montado, olivais, pequenas hortas, e o riacho do Abrilongo. Pode admirar as pinturas rupestres na Lapa dos Gaviões, que remontam a 2500 – 3000 A.C.

 

3. Ecopista do Montado (Montemor-o-Novo):

Explore esta ecopista que, entre 1909 e 1988, foi um antigo ramal ferroviário. Agora, este é um percurso de 13 quilómetros que o levará a descobrir a natureza do Alentejo, atravessando uma importante área natural, o Sítio de Monfurado. Aqui procure os bem conservados montados de sobro e azinho. De salientar que esta zona é muito importante para a conservação de várias espécies de morcegos. Para saber mais, contacte a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo: [email protected]

 

4. Percorra o Corredor Ecológico das ribeiras de Gavião:

Dedique um dia a caminhar junto às ribeiras de Alferreira e Barrocas, no concelho de Gavião (Portalegre), por trilhos e levadas dos moinhos. São 19 quilómetros de um percurso circular de dificuldade baixa/média. O percurso começa e acaba na aldeia da Atalaia e percorre vales encaixados das ribeiras, com freixos, amieiros e salgueiros. Nas encostas abundam o alecrim, rosmaninho, esteva, medronheiros e azinheiras. Procure indícios (ou mesmo os animais) de javalis, raposas, coelhos, lebres, saca-rabos, ginetas e lontras.

 

5. Museu do Mar e da Terra da Carrapateira:

Visite este museu em Aljezur e descubra o mar da região – nomeadamente os cetáceos, os fundos marinhos, os ecossistemas e a vida dos pescadores – e os homens que fazem a Carrapateira, desde o primeiro núcleo berbere à aldeia actual. Na exposição permanente poderá ver “os tesouros da terra”, as hortas, as alfaias, os trigos e o gado, o pão, o vinho, o mel e a casa.

Horários:

terça-feira a sábado: 10h00 às 13h00 e das 13h30 às 17h00

 

6. Pegadas na Praia da Salema (Vila do Bispo):

Aproveite para conhecer um pouco melhor a história geológica da Terra em Sagres. Além da colorida paisagem, aprecie as marcas das pegadas que dinossauros deixaram na rocha em plena praia da Salema. Estas pegadas fossilizadas são do Cretáceo Inferior e têm cerca de 140 milhões de anos. Poderá ver um total de 14 pegadas de ornitópodes e de terópodes.

 

7. A banhos na Salina da Barquinha (Castro Marim):

Vá a banhos neste “spa” salino natural da Salina da Barquinha, onde pode flutuar na água morna e salgada e tomar banhos de argila, em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim. Pode também fazer visitas guiadas para saber mais sobre os métodos de produção artesanal do sal e de flor de sal, ser salineiro por um dia.

 

8. Via Algarviana:

Não deixe de conhecer esta Grande Rota Pedestre (GR13) que liga Alcoutim ao cabo de São Vicente. São 300 quilómetros, a maioria dos quais na Serra Algarvia. São 11 concelhos para descobrir: Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Tavira, São Brás de Alportel, Loulé, Silves, Monchique, Lagos, Portimão e Vila do Bispo.

 

9. Um dia de passeio para observação de aves no Baixo Guadiana:

Explore de carro ou de bicicleta os 105 quilómetros deste percurso de elevado interesse ornitológico nos concelhos de Alcoutim e Mértola. O percurso começa em Giões (restaurante O Poço Novo) e segue pela ponte do Vascão, Açude do Moinho Velho, Barragem do Pereiro, Praia Fluvial de Alcoutim, Pegos da Ribeira dos Cadavais, vila de Alcoutim, Pomarão, Penha d’Águia e termina na vila de Mértola. Pelo caminho procure guarda-rios, perdizes, cotovias-de-poupa, francelhos-das-torres, poupas, peneireiros, gralhas-de-nuca-cinzenta e muitas outras aves. Se este passeio souber a pouco, a região do Baixo Guadiana (que inclui os concelhos de Castro Marim, Vila Real de Santo António, Alcoutim e Mértola) tem definidos 50 pontos de observação de aves. Basta contactar a Odiana – Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana.

 

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O Turismo de Natureza foi tema central da última edição da Feira Internacional de Turismo, que se realizou entre os dias 15 e 19 de Março nas instalações da FIL, no Parque das Nações. Ao longo desta semana, vamos dar-lhe a conhecer alguns dos locais e experiências que estiveram em destaque na BTL, de Norte a Sul do país.

No Norte de Portugal, conheça seis propostas de natureza.

Oito sugestões para a região Centro.

Sete sugestões para a região da Grande Lisboa.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.

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